
Ausênciaा,Vinícius de Moraes

A rosa de Hiroxima

poesia ,Shakespeare.
O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muitos curtos para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno
Romantismo, em particular, aclamou a genialidade de Shakespeare.
Soneto da separação

Eu não existo sem você

Soneto de Fidelidade

CONSOLO NA PRAIA CARLOS DRUMMOND
(são poesias,admirável,digna de reflexão) Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o 'humour'? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te, de vez, nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho.
Poesia: Carlos Drummond de Andrade
VIDA MENOR "A fuga do real, ainda mais longe a fuga do feérico, mais longe de tudo, a fuga de si mesmo, a fuga da fuga, o exílio sem água e palavra, a perda voluntária de amor e memória, o eco já não correspondo ao apelo, e este fundindo-sea mão tornando-se enorme e desaparecendo desfigurada, todos os gestos afinal impossíveis, senão inúteis, a desnecessidade do canto, a limpeza da cor, nem braço a mover-se nem unha crescendo. Não a morte, contudo. Mas a vida: captada em sua forma irredutível, já sem ornaio ou comentário melódico, vida a que aspiramos como paz no cansaço (não a morte), vida mínima, essencial; um início; um sono; menos que terra, sem calor; sem ciência nem ironia; o se possa desejar de menos cruel: a vida em que o ar, não respirado, mas me envolva; nenhum gasto de tecidos; ausência deles; confusão entre manhã e tarde, já sem dor, porque o tempo não mais se divide em seções; o tempo elidido, domado. Não o morto nem o eterno ou o divino, apenas o vivo, o pequenino calado, indiferente e solitário vivo. Isso eu procuro." (A Rosa do povo)
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